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Tuesday, June 05, 2007

Qual a diferença?

Você acabou de sair do laboratório. O resultado do exame está na sua mãe, fechadinho como quando a atendente o entregou a você. É como se o papel queimasse em sua mão. Abrir ou não abrir? Você abre (afinal, vai ter que enfrentar de um modo ou de outro) e lê o resultado: POSITIVO.


A não ser que você tenha planejado, convenhamos que a primeira reação não é de alegria. Por mais que você sonhe em ser mãe, ame crianças e tenha tudo para ser uma excelente mãe, não era bem o que você queria para o momento. E a primeira pergunta surge na sua cabeça: como o pai vai reagir ao saber?

E esta é apenas a primeira. Porque, em segundos, milhões de outras passam pela sua mente: como vou criá-lo? Será que vou ter dinheiro? Como minha família irá reagir? Mas, apesar de todas estas dúvidas, você resolve que vai assumir e ter o bebê (mesmo que esta decisão leve meses para ser tomada).

Qual a diferença de assumir um filho sozinha? Por que a sociedade ainda nos olha como se fossemos seres de outro planeta, quando estamos em tão grande quantidade? Por que tantos olhares de "pena" e tanto estranhamento das pessoas?

"A mãe solteira é uma das pessoas que mais sofrem sobre a face da terra. Sonhou com as promessas do namorado de que iriam casar e teriam um lar feliz. De repente, vê-se grávida. O namorado não assume e some.

Sozinha, os pais decepcionados, abandonada de todos, está entregue a um destino triste. Estragou sua vida, a vida do filho que vai nascer e a vida dos pais que nunca desejaram que tal acontecesse. Em casa ela se sente um empecilho. Na sociedade, ela não sabe se vai com as moças ou com as casadas. A mãe solteira não sabe a que classe pertence."

Este é apenas um pedaço de um texto encontrado na internet, em uma busca simples com as palavras "mãe" e "solteira". É como se a "mãe solteira" fosse uma pobre coitada que, por não ter um homem ao seu lado, nunca mais poderá ser feliz.

Quantas vezes ouvimos o ditado "Antes só do que mal acompanhada"? Para que manter um relacionamento que não dá certo? Será que um bebê vai fazer com que ele funcione? Para que passar por humilhações, muitas vezes tendo que aguentar um homem alcóolatra, drogado ou que não nos respeita? Será que você desejaria isto para a sua mãe? Quem disse que não dá para ser feliz "sozinha" (entre aspas, porque pelo simples fato de que você agora tem um filho, não está mais sozinha).

A autora Libby Purves diz, em seu livro Como não ser a mãe perfeita, da Ed. Publifolha: "Deliberadamente mantive os pais em segundo plano neste livro, não porque seja o seu lugar, mas porque os momentos em que a mulher mais necessita de ajuda são justamente aqueles em que os pais estão em algum lugar no segundo plano.

(...) O apelo biológico faz que durante o primeiro ano (ou mesmo nos primeiros três anos) a mãe se dirija rapidamente à criança em aflição, mesmo que o pai esteja indo na mesma direção (casais em que o pai levanta de madrugada para atender o bebê contam que a mãe permanece acordada de qualquer maneira, mesmo que fique deitada até que o marido volte).

Uma tolerância inata torna a mulher mais paciente com bebês chorosos, birrentos e vândalos.(...) Homens têm um estilo diferente de lidar com bebês. Nunca me aconteceu de receber dos braços de meu marido um bebê 'completo', com os mesmos sapatos, meias, gorros e luvas com os quais ele estava quando foi para o colo do pai."

Tenha em mente que assumir uma "produção independente" não é o fim da sua vida (muito menos da vida do bebê). Você seria, de qualquer modo, a protagonista do papel principal desta estória, pois é com você que o bebê vai ter a maior parte de suas experiências. Vocês vão sim ser muito felizes juntos. E nada impede que você volte a se relacionar com outros homens.

Você também não está sozinha. Você tem seus amigos e sua família. Curta o seu bebê o máximo que puder!

1 comentários:

mariel.zasso said...

Thaty, parabéns pelos comentários claros, esclarecidos, corajosos e encorajadores. Seu blog é muito bom!